terça-feira, 17 de novembro de 2015

COMO ELABORAR UM ORÇAMENTO INDUSTRIAL - PARTE 3


Finalizando o artigo “Como elaborar um orçamento industrial” apresentaremos nesta parte o resumo dos custos estimados nas partes anteriores, ou seja, os levantamentos dos materiais e componentes e da mão de obra. A planilha de resumo do custo industrial (imagem 9) é uma forma de organizar as etapas anteriores do orçamento com a vantagem de demonstrar o custo por quilo das itens que compõem o custo. Podemos analisar sinteticamente qual o item do custo que tem o maior valor agregado, facilitando assim a tomada de decisão baseada na visão preço por quilo, além de identificarmos a produtividade para elaborar de tal componente. Eu sugiro que o orçamentista na fase de organização e análise dos documentos que irão compor o orçamento industrial, faça um check-list das exigências para orçamento baseado nos requisitos do cliente e nas informações técnicas de disponibilidade e capacidade instalada da empresa que fornecerá o produto e/ou serviço. A título de sugestão, elenco alguns itens abaixo:

- Exige-se Normas de fabricação

- Há necessidade de Ferramental especial para o projeto em questão

- Há necessidade de Dispositivos especiais durante a fabricação e pré montagem

- Exige-se Normas para Inspeção e Testes

- Há necessidade de Plano de Inspeção e Testes para o projeto em questão

- Exige-se Normas de Proteção de superfícies (Jateamento e Pintura)

- Exige-se Pré montagem na fábrica

- Exige-se Teste de funcionamento na fábrica

- Há necessidade de embalagem ou preparação especial para transporte

- Exige-se Data book

A planilha de formação de preço (imagem 10) é apenas sugestiva e trata-se de preço para indústria, ou seja, destacamos os impostos na compra de materiais, componentes e insumos para que a recuperação dos mesmos seja analisada como receita agregada da margem de contribuição. A recuperação é o resultado dos impostos taxados na venda (ICMS, PIS, COFINS e IPI) menos os impostos que foram cobrados na compra. Como dito trata-se apenas de sugestão, pois cada empresa adota o seu procedimento de formação de preço e nossa intenção não é entrar nesse mérito nem na definição do foto-índice (taxas homem/hora ou hora/máquina).


Espero ter contribuído de alguma forma para melhorar o conhecimento dos analistas e técnicos em orçamento industrial e coloco-me a disposição para quaisquer dúvidas que surgirem durante a apresentação desses artigos.
Imagem 9 - Planilha Resumo de Custos

 

Imagem 10 - Planilha de Formação de Preço


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