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sábado, 23 de abril de 2016

ROTEIRO DE PROCESSO


Exemplo de elaboração dos roteiros de processo de um pacote de trabalho utilizando a técnica bottom-up e os parâmetros do manual do técnico em orçamentos industriais.

O projeto em referencia é um equipamento para indústria de fabricação de açúcar e etanol comumente chamado de Cozedor de massa de açúcar a vácuo tipo Robert e sua estruturação é composta em 22 desenhos e 194 itens de fornecimento.

A ideia é demonstrar a elaboração dos custos industriais de um determinado equipamento através da decomposição de seus pacotes – do mais complexo até os mais simples – e estimar o peso de partida de cada posição do conjunto ou subconjunto e seu processo de fabricação através de roteiros.

A titulo de ilustração estamos anexando os parâmetros baseados no manual e utilizados na estimativa dos tempos de fabricação do exemplo em referencia.




terça-feira, 17 de novembro de 2015

COMO ELABORAR UM ORÇAMENTO INDUSTRIAL - PARTE 3


Finalizando o artigo “Como elaborar um orçamento industrial” apresentaremos nesta parte o resumo dos custos estimados nas partes anteriores, ou seja, os levantamentos dos materiais e componentes e da mão de obra. A planilha de resumo do custo industrial (imagem 9) é uma forma de organizar as etapas anteriores do orçamento com a vantagem de demonstrar o custo por quilo das itens que compõem o custo. Podemos analisar sinteticamente qual o item do custo que tem o maior valor agregado, facilitando assim a tomada de decisão baseada na visão preço por quilo, além de identificarmos a produtividade para elaborar de tal componente. Eu sugiro que o orçamentista na fase de organização e análise dos documentos que irão compor o orçamento industrial, faça um check-list das exigências para orçamento baseado nos requisitos do cliente e nas informações técnicas de disponibilidade e capacidade instalada da empresa que fornecerá o produto e/ou serviço. A título de sugestão, elenco alguns itens abaixo:

- Exige-se Normas de fabricação

- Há necessidade de Ferramental especial para o projeto em questão

- Há necessidade de Dispositivos especiais durante a fabricação e pré montagem

- Exige-se Normas para Inspeção e Testes

- Há necessidade de Plano de Inspeção e Testes para o projeto em questão

- Exige-se Normas de Proteção de superfícies (Jateamento e Pintura)

- Exige-se Pré montagem na fábrica

- Exige-se Teste de funcionamento na fábrica

- Há necessidade de embalagem ou preparação especial para transporte

- Exige-se Data book

A planilha de formação de preço (imagem 10) é apenas sugestiva e trata-se de preço para indústria, ou seja, destacamos os impostos na compra de materiais, componentes e insumos para que a recuperação dos mesmos seja analisada como receita agregada da margem de contribuição. A recuperação é o resultado dos impostos taxados na venda (ICMS, PIS, COFINS e IPI) menos os impostos que foram cobrados na compra. Como dito trata-se apenas de sugestão, pois cada empresa adota o seu procedimento de formação de preço e nossa intenção não é entrar nesse mérito nem na definição do foto-índice (taxas homem/hora ou hora/máquina).


Espero ter contribuído de alguma forma para melhorar o conhecimento dos analistas e técnicos em orçamento industrial e coloco-me a disposição para quaisquer dúvidas que surgirem durante a apresentação desses artigos.
Imagem 9 - Planilha Resumo de Custos

 

Imagem 10 - Planilha de Formação de Preço


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

COMO ELABORAR UM ORÇAMENTO INDUSTRIAL - PARTE 2


A estimativa de mão de obra também tem como base a estrutura do projeto, onde fazemos uma analise do conjunto e a partir dele detalhamos posição a posição para o levantamento das etapas de fabricação. Exemplificando o método de levantamento das etapas de fabricação, sugiro utilizar roteiros de trabalho – similar aos utilizados pelo setor de Métodos e Processos – para criar um arquivo que será usado para futuras referencias, podendo inclusive a partir desse levantamento, estabelecer produtividades por fase da fabricação para estimar de uma maneira rápida o custo da mão de obra de casos análogos. Nas imagens de 4 a 8 é mostrado como fazer essa estimativa a partir do detalhamento do desenho de conjunto. Como estamos utilizado a técnica bottom-up, vamos decompor o conjunto de acordo com o detalhamento das posições definidas pela engenharia. O primeiro passo é elaborar um roteiro de trabalho para cada posição do conjunto e em seguida partir para estimativa da mão de obra por fase da fabricação. No roteiro 2de5 (imagem 5) temos a definição das horas estimadas para cada etapa do processo de fabricação da posição 1 do conjunto da base do redutor do acionamento II. O conceito de fases do processo de fabricação está baseado em células de produção, ou seja:
- preparação (traçagem, cortes manuais e mecanizados – inclusive serras)
             - formagem (dobradeiras, calandras, curvadoras, conformadoras, etc.)

- Usinagem (torneamento, fresamento, plainamento, furação, etc.)
             - Montagem de caldeiraria (caldeireiros, ajudantes, praticantes, etc.)

- Soldagem (Diversos processos GMAW, GTAW, SMAW, SAW, etc.)
             - Tratamento de Superfícies (Jateamento e Pintura)

As estimativas das etapas são calculadas com base em parâmetros do “Manual do Técnico em Orçamento Industrial” que leva em conta o centro função de cada etapa do processo de fabricação. No exemplo da imagem 5 podemos notar que esses cálculos referem-se ao perímetro da viga em milímetros multiplicado pelos parâmetros adotados para a operação em questão. Os demais roteiros de trabalho (imagens 6 a 8) seguem a mesma definição. O roteiro 1de5 (imagem 4) refere-se a montagem de todo o conjunto da base do redutor, cujo os parâmetros de montagem, soldagem e tratamento de superfícies também estão indicados no manual.
A sumarização das horas estimadas por centro função – de acordo com a definição de cada empresa – são listadas nas planilhas de estimativa de custos (imagem 9) que veremos na parte 3 deste artigo e contempla os custos totais de cada etapa do processo de fabricação, valorizados em horas-homem e/ou horas-máquina.

Imagem 4 - Roteiro de Trabalho do Conjunto

Imagem 5 - Roteiro de Trabalho da Posição 01

Imagem 6 - Roteiro de Trabalho da Posição 02

Imagem 7 - Roteiro de Trabalho da Posição 03

Imagem 8 - Roteiro de Trabalho do Posição 04

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

COMO ELABORAR UM ORÇAMENTO INDUSTRIAL - PARTE 1


Compartilharei neste artigo como elaborar um orçamento industrial - estimativas de custos e preços de venda, utilizando a técnica bottom-up, ou seja, decompondo o projeto de baixo para cima baseado em sua estrutura analítica (EAP). Essa técnica permite detalhar o projeto em pacotes de trabalho menores o suficiente para estimar de forma precisa o custo individual de todo o material que compõem o pacote, assim como todas as atividades previstas em seu processo de fabricação. A sumarização de todos os pacotes resulta na estimativa de custo total do projeto.
O exemplo escolhido é parte de um Sistema de Limpeza a Seco de Cana de Açúcar picada. O projeto tem sua estrutura analítica (Imagem 1) decomposta em dezessete (17) equipamentos que por sua vez decompõem-se em outros tantos conjuntos e subconjuntos. Para ilustrar o exemplo, escolhi o subconjunto de um dos equipamentos que compõe o sistema citado, trata-se da Base do Redutor do Acionamento II do Tambor Separador, que por sua simplicidade e fácil entendimento torna o orçamento claro e dinâmico.
O conjunto da Base do Redutor (Imagem 2) é decomposto em quatro (4) subconjuntos fictícios – conforme sua Lista de Material (Imagem 3) – que agrega matéria-prima em seus níveis abaixo. A estimativa do sobre-metal para custeio do material é feito com base em cálculos geométricos a partir da analise do detalhe de cada posição que compõe o subconjunto. A sumarização da estimativa dos materiais é feita conforme a família dos produtos de compra da empresa, ou seja, tipo, qualidade, espessura, etc.

Na parte 3 deste artigo apresentaremos um exemplo de planilha resumo das estimativas de custos por etapa do orçamento, tais como, materiais e componentes, industrialização e outros custos e despesas inerentes ao conjunto em referencia.

Imagem 1 - EAP
Imagem 2 - Desenho do Conjunto
Imagem 3 - Lista de Material