segunda-feira, 23 de novembro de 2015

MANUAL DO ORÇAMENTISTA INDUSTRIAL




INTRODUÇÃO
É sabido que dentre as praticas de elaboração do orçamento, há aderência à literaturas em temas como o tempo necessário e forma de elaboração, tempo de duração cronometrado, relatórios e revisões. Existe também o alinhamento ao planejamento estratégico, bem como a importância da participação e o orçamento para a rentabilidade e maximização dos resultados para atingir esse objetivo, porém, quanto à forma e recursos utilizados, verifica-se falta de profundidade.
Esse manual vem justamente de encontro a essa falta de detalhamento para a elaboração do orçamento industrial do tipo "Estimativa Bottom-up" que consiste em estimar o custo de cada pacote de trabalho da estrutura do projeto de baixo para cima, chegando ao custo estimado total do projeto, onde um item deve possuir a somatória de custo de seus sub-itens e assim por diante.
Sabedor de quanto é importante a posse de informações técnicas para a elaboração de orçamentos, nas páginas seguintes incorporamos uma série de tabelas, fórmulas e parâmetros de cálculos para estimar tempos dos processos de fabricação divididos em células de manufatura e exemplos de traçados de caldeiraria que esperamos que sejam úteis para facilitar a organização do orçamento.
E finalmente elaboramos um módulo de práticas de orçamento com a intenção de ilustrar através de um exemplo a aplicação do conteúdo deste manual. É claro que cada empresa tem seu próprio método de elaboração de orçamentos e em grande parte se utiliza de softwares específicos para isso, mas também e verdadeiro que os parâmetros para estimativas principalmente de tempos é prerrogativa do técnico em orçamento.
ÍNDICE
Módulo 1 – Materiais (Tabelas Técnicas)
Tabelas de Equivalências de Materiais nas Diversas Normas
Chapas, Barras, Parafusos e Porcas, Aço e Ferro Fundido, Bronze, Metal Patente, Tubos, Flanges e Conexões Tubulares
Tabelas de Materiais Padrão de Mercado Nacional
            Chapas Finas a Frio
            Chapas Finas a Quente
            Chapas Galvanizadas
            Chapas Expandidas
            Chapas Grossas nas Seguintes Qualidades
            - Uso Geral
            - Chapas de Piso
            - Estrutural
            - Estrutural para Automóveis
            - Estrutural Nava
            - Estrutural Naval de Alta Resistência
            - Caldeiras e Vasos de Pressão
            - Estrutural Soldável de Alta Resistência
            - Estrutural Soldável de Alta Resistência, Resistente a Corrosão Atmosférica
            - Estrutural Plataformas Marítimas
            - Estrutural Soldável de Alta Resistência, Resistente a Abrasão
            - Estampagem
            - Recipientes Transportáveis para Gases Liquefeitos de Petróleo
            Barras e Perfis em Aço Comercial
            Tubos de Aço Carbono com e sem Costura
            Eletrodutos de Aço Galvanizado com Costura
Módulo 2 – Tempos de Fabricação (Fórmulas e Parâmetros de Cálculos)
Processos de Preparação
            Traçagem de Caldeiraria
Processos de Formagem
            Cortes em Guilhotina
            Cortes com Maçarico ou Plasma (Com e Sem Chanfros)
            Cortes Copiados em Banco de Corte
            Cortes Copiados em Pantógrafo
            Cortes em Policorte (Disco Abrasivo)
            Cortes Mecânicos com Serras (Lâmina, Fita ou Disco)
            Bizéis em Chanfradeira Mecânica
            Calandragem a frio (Leve, Média e Pesada)
            Dobramento de Chapas em Dobradeiras Mecânicas
            Dobramento de Painéis de Caldeiras (Tubos Aletados)
            Dobramento de Tubos em Dispositivo Manual
            Curvamento de Perfis
            Curvamento de Tubos
            Conformação de Tubos (Redução de Extremidades)
            Prensagem a Quente e a Frio em Prensa Hidráulica
            Prensagem a Quente em Tampos Industriais
Processos de Montagem de Fábrica
            Montagem de Caldeiraria (Diversos Índices)
Processos de Soldagem
            Goivagem de Soldas
            Esmerilagem de Soldas
            Soldagem pelos Processos Eletrodo Revestido, MIG/MAG, TIG e Arco Submerso
            Aletamento de Painéis de Caldeira pelo Processo MAG
Processos de Usinagem
            Usinagem de Roscas em Rosqueadeira
            Furação e Roscas em Furadeira Radial
            Torneamento em Torno Horizontal de Pequeno Porte
            Torneamento em Torno Horizontal de Médio Porte
            Torneamento em Torno Horizontal de Grande Porte
            Torneamento Frontal em Torno Horizontal tipo Platô
            Torneamento em Torno Vertical de Pequeno Porte
            Torneamento em Torno Vertical de Grande Porte
            Plainamento em Plaina Limadora
            Plainamento em Plaina Vertical de Pequeno Porte
            Plainamento em Plaina de Mesa de Grande Porte
            Plainamento/Fresamento em Plaina Fresadora
            Abertura de Rasgo de Chaveta em Chaveteira Vertical
            Fresamento em Fresadora Universal e/ou Vertical
            Mandrilagem em Mandriladora Horizontal de Pequeno Porte
            Mandrilagem em Mandriladora Horizontal de Grande Porte
            Fresamento de Dentes em Geradora de Dentes tipo Rhenania
            Fresamento de Dentes em Geradora de Dentes tipo MAAG
            Fresamento de Dentes em Geradora de Dentes tipo MODUL
            Retificamento em Retífica Cilíndrica (Univesal)
            Retificamento em Retífica Plana
            Retificamento em Dentes de Engrenagem e Pinhão
Processos de Tratamento de Superfícies
            Jateamento Abrasivo conforme Norma SIS
            Pintura Manual (Sistemas Alquídico e Epóxico
Módulo 3 – Tabelas Auxiliares (Tabelas Técnicas)
Tabela de Pesos
Tabela de Símbolos
Tabela de Unidades
Tabela de Áreas
Tabela de Volumes
Módulo 4 – Traçados de Caldeiraria
Traçados e Cálculos de Caldeiraria
            Boca Circular e Base formada por Duas Semicircunferencias
            Interseção de um Cilindro em uma Redução Concêntrica
            Deslocamento e Altura de Tubo com a mesma Medida
            Chapéu Chinês de Base Retangular
            Quadrado para Redondo Inclinado a 45˚
            Chapéu Chinês de Base Circula
            Curva de Gomos
            Interseção do Cilindro na Curva
            Derivação em Graus (Pernas de Calça)
            Elipse por Trigonometria
            Boca de Lobo Perpendicular
            Boca de Lobo Inclinada
            Boca de Lobo Excêntrico

Módulo 5 – Práticas de Orçamento
Projeto Exemplo – Base do Redutor de Acionamento do Separador de Palha e Areia
Lista de Materiais e Componentes
Roteiros de Fabricação
Planilha de Formação de Custos
Planilha de Formação de Preços

terça-feira, 17 de novembro de 2015

COMO ELABORAR UM ORÇAMENTO INDUSTRIAL - PARTE 3


Finalizando o artigo “Como elaborar um orçamento industrial” apresentaremos nesta parte o resumo dos custos estimados nas partes anteriores, ou seja, os levantamentos dos materiais e componentes e da mão de obra. A planilha de resumo do custo industrial (imagem 9) é uma forma de organizar as etapas anteriores do orçamento com a vantagem de demonstrar o custo por quilo das itens que compõem o custo. Podemos analisar sinteticamente qual o item do custo que tem o maior valor agregado, facilitando assim a tomada de decisão baseada na visão preço por quilo, além de identificarmos a produtividade para elaborar de tal componente. Eu sugiro que o orçamentista na fase de organização e análise dos documentos que irão compor o orçamento industrial, faça um check-list das exigências para orçamento baseado nos requisitos do cliente e nas informações técnicas de disponibilidade e capacidade instalada da empresa que fornecerá o produto e/ou serviço. A título de sugestão, elenco alguns itens abaixo:

- Exige-se Normas de fabricação

- Há necessidade de Ferramental especial para o projeto em questão

- Há necessidade de Dispositivos especiais durante a fabricação e pré montagem

- Exige-se Normas para Inspeção e Testes

- Há necessidade de Plano de Inspeção e Testes para o projeto em questão

- Exige-se Normas de Proteção de superfícies (Jateamento e Pintura)

- Exige-se Pré montagem na fábrica

- Exige-se Teste de funcionamento na fábrica

- Há necessidade de embalagem ou preparação especial para transporte

- Exige-se Data book

A planilha de formação de preço (imagem 10) é apenas sugestiva e trata-se de preço para indústria, ou seja, destacamos os impostos na compra de materiais, componentes e insumos para que a recuperação dos mesmos seja analisada como receita agregada da margem de contribuição. A recuperação é o resultado dos impostos taxados na venda (ICMS, PIS, COFINS e IPI) menos os impostos que foram cobrados na compra. Como dito trata-se apenas de sugestão, pois cada empresa adota o seu procedimento de formação de preço e nossa intenção não é entrar nesse mérito nem na definição do foto-índice (taxas homem/hora ou hora/máquina).


Espero ter contribuído de alguma forma para melhorar o conhecimento dos analistas e técnicos em orçamento industrial e coloco-me a disposição para quaisquer dúvidas que surgirem durante a apresentação desses artigos.
Imagem 9 - Planilha Resumo de Custos

 

Imagem 10 - Planilha de Formação de Preço


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

COMO ELABORAR UM ORÇAMENTO INDUSTRIAL - PARTE 2


A estimativa de mão de obra também tem como base a estrutura do projeto, onde fazemos uma analise do conjunto e a partir dele detalhamos posição a posição para o levantamento das etapas de fabricação. Exemplificando o método de levantamento das etapas de fabricação, sugiro utilizar roteiros de trabalho – similar aos utilizados pelo setor de Métodos e Processos – para criar um arquivo que será usado para futuras referencias, podendo inclusive a partir desse levantamento, estabelecer produtividades por fase da fabricação para estimar de uma maneira rápida o custo da mão de obra de casos análogos. Nas imagens de 4 a 8 é mostrado como fazer essa estimativa a partir do detalhamento do desenho de conjunto. Como estamos utilizado a técnica bottom-up, vamos decompor o conjunto de acordo com o detalhamento das posições definidas pela engenharia. O primeiro passo é elaborar um roteiro de trabalho para cada posição do conjunto e em seguida partir para estimativa da mão de obra por fase da fabricação. No roteiro 2de5 (imagem 5) temos a definição das horas estimadas para cada etapa do processo de fabricação da posição 1 do conjunto da base do redutor do acionamento II. O conceito de fases do processo de fabricação está baseado em células de produção, ou seja:
- preparação (traçagem, cortes manuais e mecanizados – inclusive serras)
             - formagem (dobradeiras, calandras, curvadoras, conformadoras, etc.)

- Usinagem (torneamento, fresamento, plainamento, furação, etc.)
             - Montagem de caldeiraria (caldeireiros, ajudantes, praticantes, etc.)

- Soldagem (Diversos processos GMAW, GTAW, SMAW, SAW, etc.)
             - Tratamento de Superfícies (Jateamento e Pintura)

As estimativas das etapas são calculadas com base em parâmetros do “Manual do Técnico em Orçamento Industrial” que leva em conta o centro função de cada etapa do processo de fabricação. No exemplo da imagem 5 podemos notar que esses cálculos referem-se ao perímetro da viga em milímetros multiplicado pelos parâmetros adotados para a operação em questão. Os demais roteiros de trabalho (imagens 6 a 8) seguem a mesma definição. O roteiro 1de5 (imagem 4) refere-se a montagem de todo o conjunto da base do redutor, cujo os parâmetros de montagem, soldagem e tratamento de superfícies também estão indicados no manual.
A sumarização das horas estimadas por centro função – de acordo com a definição de cada empresa – são listadas nas planilhas de estimativa de custos (imagem 9) que veremos na parte 3 deste artigo e contempla os custos totais de cada etapa do processo de fabricação, valorizados em horas-homem e/ou horas-máquina.

Imagem 4 - Roteiro de Trabalho do Conjunto

Imagem 5 - Roteiro de Trabalho da Posição 01

Imagem 6 - Roteiro de Trabalho da Posição 02

Imagem 7 - Roteiro de Trabalho da Posição 03

Imagem 8 - Roteiro de Trabalho do Posição 04

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

COMO ELABORAR UM ORÇAMENTO INDUSTRIAL - PARTE 1


Compartilharei neste artigo como elaborar um orçamento industrial - estimativas de custos e preços de venda, utilizando a técnica bottom-up, ou seja, decompondo o projeto de baixo para cima baseado em sua estrutura analítica (EAP). Essa técnica permite detalhar o projeto em pacotes de trabalho menores o suficiente para estimar de forma precisa o custo individual de todo o material que compõem o pacote, assim como todas as atividades previstas em seu processo de fabricação. A sumarização de todos os pacotes resulta na estimativa de custo total do projeto.
O exemplo escolhido é parte de um Sistema de Limpeza a Seco de Cana de Açúcar picada. O projeto tem sua estrutura analítica (Imagem 1) decomposta em dezessete (17) equipamentos que por sua vez decompõem-se em outros tantos conjuntos e subconjuntos. Para ilustrar o exemplo, escolhi o subconjunto de um dos equipamentos que compõe o sistema citado, trata-se da Base do Redutor do Acionamento II do Tambor Separador, que por sua simplicidade e fácil entendimento torna o orçamento claro e dinâmico.
O conjunto da Base do Redutor (Imagem 2) é decomposto em quatro (4) subconjuntos fictícios – conforme sua Lista de Material (Imagem 3) – que agrega matéria-prima em seus níveis abaixo. A estimativa do sobre-metal para custeio do material é feito com base em cálculos geométricos a partir da analise do detalhe de cada posição que compõe o subconjunto. A sumarização da estimativa dos materiais é feita conforme a família dos produtos de compra da empresa, ou seja, tipo, qualidade, espessura, etc.

Na parte 3 deste artigo apresentaremos um exemplo de planilha resumo das estimativas de custos por etapa do orçamento, tais como, materiais e componentes, industrialização e outros custos e despesas inerentes ao conjunto em referencia.

Imagem 1 - EAP
Imagem 2 - Desenho do Conjunto
Imagem 3 - Lista de Material

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

CONTROLE DE CUSTOS

Quando consideramos um sistema a ser usada para controle de custos, não devemos esquecer que os sistemas por si só não controlam. Qualquer sistema de controle de custos tem como objetivo um meio pelo qual a administração é mantida informada constantemente sobre o sistema econômico da empresa, e revestem-se por esta razão, de inefável importância. Antes de existir o controle de custos é necessário ter uma base sólida para medição dos fatores envolvidos, tais como:
   - Materiais
   - Mão de obra
   - Despesas de Setor
   - Despesas de Fabricação
   - Despesas de Administração e Vendas
 
Entre os diversos sistemas de controle de custos de produção temos o de custos históricos, custos padrões e custos standard brevemente descritos a seguir:
 
Sistema de Custos Históricos: Retratando os consumos reais ou efetivos, fornece uma evidência no fato consumado, isto é, dos custos já formados e que por isto mesmo, somente em escala muito relativa se prestam como base para o sistema de previsões, do planejamento, do controle orçamentário, da política de vendas e para o exercício de outras importantes funções de controle administrativo, especialmente aquelas de natureza de antecipação de resultados.
 
Sistema de Custos Padrões: É a projeção dos custos e como tal, que antecede no tempo a própria fabricação que é o fato gerador de custos. É universal e abrange todas as funções de controles necessários à evidência do custo, inclusive no que tange aos consumos efetivos. A essência do sistema de custos padrões está em demonstrar as variações do custo que possam ocorrer no processo de transformação e de distribuição do produto industrial, variações que podem ser apuradas periodicamente em massa ou em lotes distintos e divididos pelo volume produzido, resultam em quocientes unitários adicionáveis ou dedutíveis da medida padrão para equacioná-lo ao custo histórico.
 
Sistema de Custos Standard: Está sendo desenvolvido para suprir aquelas deficiências de medidas efetivas através do dimensionamento prévio dos consumos avaliados, em qualidade e valor, mas que, decorrentes das oscilações de um mercado instável ou em crescimento é  utilizado para ajustar os valores de custo a intervalos curtos. Isto é necessário a fim de traduzir a execução normal ou atual dos consumos necessários à obtenção do produto e das vendas.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

CUSTO INDUSTRIAL





A Área de Custo Industrial é aquela que calcula o custo do produto. Devemos distinguir entre quatro tipos de custo:

Custo Orçado: É aquele que, geralmente elaborado em curto prazo é fornecido ao Departamento Comercial, que o transforma no preço de venda. A sua precisão de cálculo depende exclusivamente da experiência adquirida anteriormente e nunca se consegue nela a exatidão que se consegue no custo pré-calculado. Infelizmente é ele que serve de base para o cálculo do preço apresentado ao cliente, de forma que um erro de cálculo no preço - justificável ou não - implicará num projeto ou lucro excessivo ou mesmo perda do negócio.

Custo Pré-calculado: É aquele obtido através da valorização dos elementos detalhados fornecidos pela Área de Planejamento. Somente pode ser, portanto, calculado depois que o produto foi detalhadamente projetado e planificado. Assim representa uma previsão precisa do custo.

Custo Standard: É um custo padronizado, relativamente fixo, baseado num estudo estatístico dos custos pré-calculados ou reais dos produtos anteriormente produzidos e com as correções julgadas necessárias. Serve de base para futuros orçamentos e controle de custos reais dos produtos que vierem a ser produzidos. Este é modificado apenas quando há alterações no processo de fabricação ou variação nos preços de matéria prima e mão de obra.

Custo Real: É obtido através da valorização dos gastos reais da matéria prima, componentes, insumos e mão de obra, além das despesas suplementares na fabricação do produto. O seu controle e comparação com o custo standard ou pré-calculado, permite verificar se a produção ocorreu normalmente ou se apresenta problemas inesperados, sendo portanto, um dos mais importantes de controle da gerencia de produção.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

ESTIMATIVA DE CUSTOS PELA TÉCNICA BOTTOM-UP


A estimativa de custos basicamente desenvolve uma aproximação dos custos de todos os recursos que serão lançados no projeto. Isso inclui, mas não se limita, à mão-de-obra, materiais e componentes, equipamentos, serviços e instalações, além de reservas específicas como provisão para inflação e contingências.
 
A estimativa "bottom-up" (de baixo para cima) é uma das técnicas mais usadas para estimar custos de projetos. Esta técnica envolve decompor o projeto pai baseado na estrutura analítica do produto e/ou serviço (WBS/EAP), em pacotes de trabalho menores até detalhar suficientemente para estimar de forma precisa o custo individual das atividades – um item de possuir a somatória de seus sub itens e assim por diante - para depois sumarizá-los ou agregá-los para obter a estimativa total do projeto.

O custo e a precisão das estimativas de baixo para cima são direcionados pelo tamanho e complexidade das atividades individuais ou dos pacotes de trabalho: atividades mais detalhados de trabalho aumentam tanto o custo quanto a precisão de uma estimativa.
 
Vantagens da estimativa “bottom-up”
   •Maior precisão
   •Baseado na análise detalhado do projeto
   •Fornece a base para monitoramento e controle do projeto
Desvantagens da estimativa “bottom-up”
   •Maior esforço de tempo, custo e recursos para desenvolver a   estimativa
   •Requer que o projeto esteja bem definido e entendido
 
Outra técnica de estimativa de custos é a “paramétrica”. Esta técnica utiliza relação de estatística de dados históricos – tempos e métodos apropriados ou não - calculando uma estimativa para parâmetros de atividades do projeto. Por exemplo, se uma das atividades do projeto é baseada na produtividade estimada pela técnica “bottom-up” de projetos análogos, podemos utilizá-la para estimar o custo total desta atividade no projeto em questão. Por exemplo se no projeto análogo, determinado item do pacote tem a produtividade conhecida para caldeiraria como sendo de 8 kg/Hh, podemos adotar esse parâmetro para calcular todas as atividades similares do projeto. Essa técnica pode produzir alto nível de precisão.