sexta-feira, 23 de outubro de 2015

COMO ELABORAR UM ORÇAMENTO INDUSTRIAL - PARTE 2


A estimativa de mão de obra também tem como base a estrutura do projeto, onde fazemos uma analise do conjunto e a partir dele detalhamos posição a posição para o levantamento das etapas de fabricação. Exemplificando o método de levantamento das etapas de fabricação, sugiro utilizar roteiros de trabalho – similar aos utilizados pelo setor de Métodos e Processos – para criar um arquivo que será usado para futuras referencias, podendo inclusive a partir desse levantamento, estabelecer produtividades por fase da fabricação para estimar de uma maneira rápida o custo da mão de obra de casos análogos. Nas imagens de 4 a 8 é mostrado como fazer essa estimativa a partir do detalhamento do desenho de conjunto. Como estamos utilizado a técnica bottom-up, vamos decompor o conjunto de acordo com o detalhamento das posições definidas pela engenharia. O primeiro passo é elaborar um roteiro de trabalho para cada posição do conjunto e em seguida partir para estimativa da mão de obra por fase da fabricação. No roteiro 2de5 (imagem 5) temos a definição das horas estimadas para cada etapa do processo de fabricação da posição 1 do conjunto da base do redutor do acionamento II. O conceito de fases do processo de fabricação está baseado em células de produção, ou seja:
- preparação (traçagem, cortes manuais e mecanizados – inclusive serras)
             - formagem (dobradeiras, calandras, curvadoras, conformadoras, etc.)

- Usinagem (torneamento, fresamento, plainamento, furação, etc.)
             - Montagem de caldeiraria (caldeireiros, ajudantes, praticantes, etc.)

- Soldagem (Diversos processos GMAW, GTAW, SMAW, SAW, etc.)
             - Tratamento de Superfícies (Jateamento e Pintura)

As estimativas das etapas são calculadas com base em parâmetros do “Manual do Técnico em Orçamento Industrial” que leva em conta o centro função de cada etapa do processo de fabricação. No exemplo da imagem 5 podemos notar que esses cálculos referem-se ao perímetro da viga em milímetros multiplicado pelos parâmetros adotados para a operação em questão. Os demais roteiros de trabalho (imagens 6 a 8) seguem a mesma definição. O roteiro 1de5 (imagem 4) refere-se a montagem de todo o conjunto da base do redutor, cujo os parâmetros de montagem, soldagem e tratamento de superfícies também estão indicados no manual.
A sumarização das horas estimadas por centro função – de acordo com a definição de cada empresa – são listadas nas planilhas de estimativa de custos (imagem 9) que veremos na parte 3 deste artigo e contempla os custos totais de cada etapa do processo de fabricação, valorizados em horas-homem e/ou horas-máquina.

Imagem 4 - Roteiro de Trabalho do Conjunto

Imagem 5 - Roteiro de Trabalho da Posição 01

Imagem 6 - Roteiro de Trabalho da Posição 02

Imagem 7 - Roteiro de Trabalho da Posição 03

Imagem 8 - Roteiro de Trabalho do Posição 04

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